sexta-feira, 31 de julho de 2015

EVANDRO JR.: NO LIMITE DA FORÇA!

PRESTES A COMPLETAR 30 ANOS DE CARREIRA,ESSE VERDADEIRO GUERREIRO DO METAL PODE SER CONSIDERADO COMO UM DOS BATERAS PRECURSORES DO GÊNERO NO PAÍS,E SE MANTÉM "NO LIMITE DA FORÇA" E NO MAIS ALTO NÍVEL DE PERFORMANCE TANTO NO INSTRUMENTO QUANTO EM SEUS VÁRIOS PROJETOS ATUAIS!COMO ELE MESMO NOS CONTA NESTA ENTREVISTA, NÃO É SÓ UMA QUESTÃO DE AMOR À MÚSICA, MAS TAMBÉM UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA!
SENHORAS E SENHORES:1,2,3.....4,5 MIL PERGUNTAS PARA EVANDRO JR.!


1-O QUE FOI QUE INSPIROU VOCÊ A TOCAR BATERIA?

Evandro Jr.: Parece brincadeira, mas meu  sonho de moleque a principio era ser guitarrista! Isso aconteceu quando eu tinha 14/15 anos e naquela época (início dos anos 80) era quase impossível conseguir uma guitarra pra canhoto, e inverter as cordas do violão era algo que eu achava bizarro. Foi então que num "lampejo de genialidade" percebi que tudo seria mais fácil pra mim se tocasse bateria, afinal era só inverter a montagem do kit e pronto! Comecei a me ligar no instrumento e nos grandes bateras de rock da época, e algum tempo depois, já completamente apaixonado pela bateria, meu pai percebendo esse meu desejo, um dia chegou em casa com uma bateria usada que ele comprou sem me falar nada. Era uma Caramuru com acabamento em madre pérola. Foi a maior surpresa e o maior presente que tive na vida. Mal sabia ele que eu dedicaria a minha vida, ou pelo menos esses últimos 30 anos, aos tambores e pratos. Tive inúmeros e diferentes empregos, e investia boa parte do meu salário na aquisição de vários kits de bateria, de várias marcas e modelos que eu vivia trocando e a paixão foi tanta que acabei me tornando vendedor especializado de bateria nas lojas de instrumentos musicais de São Paulo por mais de uma década.

2-QUAIS OS BATERAS QUE INSPIRARAM VOCÊ NO COMEÇO DA CARREIRA?

Evandro Jr.: Quando eu resolvi que queria tocar bateria, eu já estava totalmente obcecado pelo Heavy Metal, por volta de 1980/81. Foi quando eu conheci o AC/DC, o Maiden, o Scorpions, o Judas, o Black Sabbath. Eu escutava aqueles discos fantásticos e via os videos do Phil Rudd tocando com aquela pegada precisa e simples, o Clive Burr fazendo coisas no Maiden que eu não conseguia acreditar, o Animal Taylor tocando com aquela brutalidade no Motorhead, e tudo isso era muito contagiante. Comecei a ir nos primeiros shows underground em São Paulo e num deles, na Praça do Rock no Parque da Aclimação eu assisti um tal de Centúrias com um baterista que se chamava Paulão Thomaz e esse maluco fez um solo de bateria com as mãos! Foi o empurrão final. Aliás, eu contei essa história pra ele recentemente. Depois veio a fase Rush e eu devorei todos os álbuns da banda e Neil Peart virou referência pra mim durante alguns anos. Aprendi muitos truques ouvindo ele tocar e considero Peart o "number one", considerando claro que Buddy Rich nunca foi desse planeta, é um mito. E finalmente em 1985 surgiu o Thrash Metal e a partir daí, todo o conceito de bateria que eu tinha mudou definitivamente e Dave Lombardo, Lars Ulrich, Charlie Benante e Tom Hunting passaram a ser referência pra mim. Tem um outro cara que me influenciou bastante na minha forma de tocar já nos anos 90, o Vinnie Paul com o Pantera! Foi justamente nessa época que passei a usar o pedal duplo e ele tem bastante culpa nisso.

3-VOCÊ É CANHOTO,VOCÊ SE INFORMOU ANTES DE COMEÇAR A TOCAR OU FOI PERCEBENDO QUE ERA DIFERENTE DA MAIORIA DOS BATERAS E COMO  RESOLVEU A MONTAGEM DO SEU KIT?

Evandro Jr.: Como falei, foi uma opção por necessidade no início tocar bateria por ser canhoto. Como eu sentei a primeira vez diante da bateria e já saí tocando, de cara percebí que era autodidata. Consegui fazer uma levada de 4x4 e em seguida arrisquei uma primeira virada. Pronto, já era, tinha virado baterista. Toquei de ouvido durante uns 05 anos até que um dia achei que era hora de evoluir, aprender mais e conheci um professor formado em Berkeley que me ensinou coisas básicas como o stick control, aquecimentos e leitura básica de 4x4. Ele não me forçou a ser um baterista destro porque ele achava que já era tarde pra isso, eu estava totalmente adaptado a minha forma de tocar, como canhoto. Mas ele me incentivou a tentar me tornar ambidestro me passando exercícios pra isso. Eu consigo fazer algumas coisas do lado destro, mas por falta de tempo e maior dedicação, não me aperfeiçoei nisso.

4-VOCÊ PROCUROU ESTUDAR E/OU REPARAR EM BATERAS CANHOTOS? TEM ALGUM PREFERIDO?

Evandro Jr.: Acho que pelo fato de você se sentir meio "anormal", os bateras canhotos sempre me chamaram a atenção e de certa forma sempre me identifiquei com eles. É o caso por exemplo do Ian Paice do Deep Purple. Tinha também o baterista do Raven nos anos 80 que era canhoto, o Mike Bordin do Faith No More, e acho que o mais conhecido de todos é o Ringo Starr, né?

5-VOCÊ TEM OU TINHA UMA ROTINA DE ESTUDOS OU TREINO?CASO POSITIVO,QUAL O TIPO DE TREINO OU MÉTODO USADO?

Evandro Jr.: Eu tive fases de muito estudo sim, mas eram períodos esporádicos. Quando morei numa casa, tive a oportunidade de ter um pequeno quarto onde pude montar meu kit de bateria e colocar borrachas nos tambores e pratos pra não incomodar os vizinhos. Treinava cerca de 02 horas 5 vezes por semana e foi assim durante uns 02 anos. Basicamente treinava rudimentos, inclusive com o pedal duplo. Com os pés eu fazia o paradidle e papa-mama, e com as mãos eu aplicava alguns dos 76 rudimentos fazendo variações entre caixa, tons, surdo, ride, crash e hi hat. Também fazia exercícios de resistencia mantendo uma levada de bumbo duplo com rulo simples por pelo menos 20 minutos sem parar e fazendo variações no ride e hi hat, além de levadas diferentes durante esse tempo, pra não ficar tedioso. Isso me deu bastante força pra aguentar 01 hora de show tocando com pedal duplo direto. Hoje em dia estudo raramente e quando faço isso, é sempre no pad de borracha com metrônomo, só técnica de caixa utilizando variações dos rudimentos e alternancia de beats.

1000-QUAL O KIT DE BATERA PREFERIDO,OU IDEAL PRA VOCÊ? TEM PREFERÊNCIA POR ALGUMA MARCA,TAMANHO,COR? E PRATOS,QUAL O SET DE PRATOS QUE USA E QUAL A MARCA PREFERIDA?

Evandro Jr.: Eu sou apaixonado pelas baterias da Yamaha, e nunca tive uma. Meu sonho de consumo por muitos anos era a Recording Custom, fabricada no Japão com cascos de birch. É um dos modelos de bateria mais importantes da historia, tanto que a Yamaha quis parar de fabricá-la, mas eles receberam milhares de pedidos pra não aposentarem a Recording, e então decidiram mantê-la em linha de montagem apenas por encomenda. Na minha opinião foi o som mais "redondo" de bateria que experimentei na vida. Gosto muito também da Tama, da Pearl e da Sonor, logicamente os modelos top fabricados em Maple canadense. Meu kit atual é uma Tama Artstar japonesa fabricada em 2000, com acabamento em mirror chrome (espelhada) e cascos de birch e mahogany africano nas medidas tradicionais 12", 13", 16" e 22". Mas eu gostaria muito de ter um kit 8", 10", 12", 14", 16" e 22", já tive uma Pearl Export ELX nessa configuração, mas precisei vender uns anos atrás. Sobre pratos, sempre tive preferencia por Zildjian. Tive vários pratos da marca com variações de modelos entre Avedis, A Custom e depois os da linha Z Custom que não existem mais e eu adorava porque são perfeitos pra se tocar metal, com muito volume e brilho. Hoje, por razões econômicas estou sendo obrigado a usar pratos de fabricação nacional, e o único que me identifiquei foi o X10 da Orion. No momento uso 01 hi hat Z Custom de 14", 01 heavy power ride Z Custom de 20" que me acompanha há 20 anos, 01 china thrash oriental Zildjian de 18" e 02 crashs Orion X10 de 19" e 20".



7-COMO TRABALHA OS ARRANJOS DE BATERA TENDO EM VISTA O GRANDE NÚMERO DE PROJETOS E ESTILOS? EXISTE DIFERENÇA NO KIT DE UM TRABALHO PRA OUTRO?

Evandro Jr.: Na verdade todos os projetos musicais que faço parte são bandas de metal, e mais especificamente de thrash ou death metal, portanto os arranjos de batera mudam de uma forma tranquila. No Anthares a pegada é totalmente thrash oitentista, coisa que eu sempre fiz. No Skinlepsy a coisa é mais brutal, mais na linha do death, mas como eu sempre ouvi várias vertentes dentro do metal, estou acostumado a também tocar de forma mais agressiva. Agora estou tocando também no Cemitério que é um projeto do Hugo Golon (Blasthrash, Side Effectz, Comando Nuclear, Infected) focado no death metal old school. Uso o mesmo kit em todas as bandas justamente por isso, são trabalhos com alguma similaridade e dessa forma não tenho necessidade de usar splashs ou crashs de varios tamanhos por exemplo.

8-COMO ANALISA A CENA UNDERGROUND BRASILEIRA DURANTE PRATICAMENTE ESSES 30 ANOS?

Evandro Jr.: Muitas coisas mudaram e outras nem tanto. Acho que o nível das produções hoje é bem elevado e você pode escutar o trabalho de muitas bandas nacionais sem medo nenhum de ouvir algo ruim e mal produzido. E quando se fala em underground é importante lembrar que isso significa porões, inferninhos, buracos, e é daí que surgem as grandes bandas. Os buracos continuam, só mudam de nome e endereço. Faz parte de toda cena underground, e dentro dessa cena também há diferentes níveis, locais melhores, mais bem estruturados e também lugares piores, depende do estágio que uma banda se encontra. A gente percebe que nas garagens, nos estúdios as bandas não param de compor, de trabalhar, de criar. O que eu lamento é depois de 30 anos você saber que é tecnicamente impossível sobreviver de banda, que o retorno financeiro que deveria vir com o fruto do seu trabalho, dificilmente acontece ou é reconhecido. Esse é o lado cruel da cena. Mesmo assim, muitos músicos brasileiros de metal estão metendo a mão na massa e várias bandas estão partindo para tours no mundo todo. Tem a questão da internet também que abriu a possibilidade de você mostrar seu trabalho a muito mais pessoas, mas por outro lado a própria net é acusada de criar uma nova geração de fãs que não tem vontade de sair de casa para ir num show underground. Não vejo assim, acho que as coisas estão bem melhores hoje, o que falta é uma calibragem, uma dosagem que não se encontrou ainda, talvez porque tenha muita gente sonhando em ganhar dinheiro na cena criando eventos em demasia e explorando as bandas de todas as formas, e isso também afasta o público logicamente. Não há espaço prá tanta gente no underground.

9-O QUE SIGNIFICA TOCAR BATERIA NA SUA VIDA?

Evandro Jr.: No atual estágio que estou vivendo, tocar bateria significa me sentir vivo. Tem horas que parece que preciso estar ensaiando, compondo e tocando o tempo todo porque isso me faz muito bem hoje!

10-COMO SÃO EM GERAL AS TURNÊS EM QUE SE ENVOLVE E QUAL A SUA VISÃO DE ESTAR NA ESTRADA COM GRUPOS DIFERENTES?

Evandro Jr.: Veja, eu não sou um músico profissional, os músicos que tocam comigo não são profissionais do ramo, todos nós vivemos de outras coisas e sendo assim turnês são coisas para poucos dentro do metal. Eu faço shows esporádicos, mesmo tocando com 03 bandas, e consigo conciliar bem a questão tempo. Muito provavelmente em 2016 as 03 bandas estarão bastante ativas com trabalhos novos no mercado e isso deverá refletir em mais shows e talvez até alguma turnê no exterior. Hoje tudo o que eu desejo é não passar por situações estressantes na estrada, e você como músico experiente sabe do que eu falo. Não sou mais moleque, pelo contrário, sou velho, quero tocar e muito, mas as coisas tem que funcionar de uma forma mais profissional e séria digamos assim.

11-COMO PERCEBE A TRANSFORMAÇÃO NO PROCESSO DE GRAVAÇÃO E CONFECÇÃO DE UM TRABALHO DE UMA BANDA? VOCÊ VEM DA ERA DAS FITAS DEMO-K7, COMPACTOS, EPs E DISCOS EM VINIL, ESTÚDIO DE GRAVAÇÕES ANALÓGICOS. AGORA ESTAMOS NA ERA DO "BANDCAMP","SOUNDCLOUD","YOUTUBE"! MUDOU MUITO O PROCESSO DE GRAVAÇÃO,PROGRAMAÇÃO VISUAL E DIVULGAÇÃO DE UM TRABALHO!COMO ANALISA ESSA MUDANÇA DE FASE E TECNOLOGIAS?

Evandro Jr.: Realmente as coisas mudaram muito com a tecnologia e eu te confesso que não consegui acompanhar toda essa evolução. Me sinto perdido diante de um pro tools, de um simples programa de bateria como o Easy Drummer por exemplo. É ridículo, eu sei, então dependo de alguém que realmente seja fera nesses programas. Mas sou completamente a favor de tudo isso, até na questão financeira porque hoje você já não é obrigado a levar sua bateria para um estúdio, timbrar, afinar, microfonar, passar o som, começar a gravar, depois editar...tudo isso gera custos altos dentro de um estúdio, mas se você tiver um home studio em casa ou puder trabalhar com alguém que tenha, você consegue "montar" a bateria da forma que você gostaria que soasse, com um custo muito menor e depois apenas executá-la ao vivo com sua banda. Depois de tudo gravado e mixado, você pode colocar seu trabalho no bandcamp, spotify, itunes, soundcloud, fornecer links pra baixar. É uma forma mais democrática, mais rápida de fazer sua arte chegar aos ouvidos das pessoas.

12- VOCÊ PARTICIPA ATIVAMENTE NO PROCESSO DE CRIAÇÃO DAS MÚSICAS DE SEUS PROJETOS? E AS LETRAS, VOCÊ PARTICIPA NA CRIAÇÃO DAS LETRAS? CASO POSITIVO, COMO SE DÃO ESSES PROCESSOS?

Evandro Jr.: Com o Anthares praticamente todas as letras das músicas são minhas, tanto no álbum novo que acabou de ser lançado, como também na época do "No Limite da Força", e participo ativamente na composição das músicas. No Skinlepsy eu ajudo na composição das musicas e letras. Já no Cemitério minha função é apenas tocar bateria. Normalmente eu escrevo as letras partindo de um tema e vou construindo estrofes e refrãos, depois encaixamos na música já composta. Já a composição é feita nos estúdios durante os ensaios e eu sempre tenho uma ideia de riff ou base na cabeça e vou passando pros caras com a boca até eles entenderem. É muito escroto, mas a vida toda sempre fiz assim pois não sei tocar instrumentos de cordas. Tem várias musicas nos discos que gravei que as bases e riffs são meus sem sequer ter passado as notas/arranjos pros caras.

13-VOCÊ LÊ COM FREQUÊNCIA? SE SIM, QUAL LIVRO, REVISTA, BLOG, EDITORIAL QUE RECOMENDA?

Evandro Jr.: Infelizmente não tenho esse hábito, mas por coincidência acabei de comprar um livro chamado "Perdido em Marte" por indicação de um amigo fissurado em astronomia e ficção como eu. Basicamente a história é de um astronauta que também é engenheiro espacial e agronomo que durante um acidente numa missão é "esquecido" em Marte com suprimentos para 06 meses e a missão de resgate da Terra leva 04 anos para chegar ao planeta vermelho. A partir daí começa sua luta pela sobrevivencia e ele consegue plantar no solo do planeta e se manter vivo. O livro vai virar filme sob a direção do fantástico Ridley Scott em breve. No mais, leio apenas jornais diariamente.


14-CONTE-NOS SE POSSÍVEL SOBRE OS SEUS PRÓXIMOS PASSOS!

Evandro Jr.: musicalmente falando, o esforço está concentrado no término das composições do novo trabalho do Skinlepsy. Acredito que entraremos em estudio antes do final do ano para iniciar as gravações. A princípio nossa ideia é lançar um EP com no máximo 06 músicas novas. O Anthares está começando um esboço de novas composições, mas não tenho como prever uma data para começar a gravar um novo álbum. Também estou na expectativa do lançamento do EP do Face of Desaster que está prestes a sair via Black Legion Productions e é um trabalho que me orgulho de ter participado, inclusive nas composições e trás uma performance sensacional do vocalista André Góis do antigo Vodu. As pessoas vão ficar muito surpresas quando esse EP for lançado, acredito que antes do fim do ano. Já o Cemitério está se preparando para realizar uma sequencia grande de shows pelo país. Já temos datas confirmadas em Brasília, Rio de Janeiro e cidades do interior paulista.

15-QUAL A RELAÇÃO DAS SUAS BANDAS COM O SEUS RESPECTIVOS PÚBLICOS E COMO VOCÊ VÊ O COMPORTAMENTO E O PAPEL DO PÚBLICO NA TRAJETÓRIA DAS BANDAS? EXISTE ALGUMA BANDA ONDE O PÚBLICO PARTICIPA MUITO PRÓXIMO A PONTO DE INFLUIR NA DIREÇÃO A SER TOMADA?

Evandro Jr.: A relação é quase de amizade. Conversamos diretamente com o público tanto nos shows como pelas redes sociais. E sim, é nesse contato direto que em algumas situações nós podemos tomar decisões baseadas no que o nosso público pensa.

16-VOCÊ TEM ALGUMA OUTRA ATIVIDADE ALÉM DE BATERA?

Evandro Jr.: Neste exato momento não, estou apenas me dedicando ao meu trabalho como baterista. Mas estou analisando algumas coisas voltadas a musica, alguns projetos que poderei colocar em prática em breve caso seja economicamente viável e possa me proporcionar retorno financeiro.

17-VOCÊ TEM ALGUM INTERESSE EM OUTRO TIPO DE ARTE? JÁ TEVE EXPERIÊNCIA EM ALGUM OUTRO TIPO DE ARTE?

Evandro Jr.: Acho que se você é músico, você nasceu pra estar ligado eternamente a arte, de todas as formas. Eu me sinto assim, tenho uma enorme paixão por cinema, admiro a pintura e já tive esse dom nos meus tempos de colégio. Eu era sempre o aluno que tirava as melhores notas na matéria de arte. Cheguei a fazer curso de artes plásticas, mas a música me fez esquecer isso e hoje não me vejo como alguém interessado em desenvolver esse lado desenhista, pintor, artista plástico.

18-CONSIDERAÇÕES FINAIS!!

Evandro Jr.: Para mim é uma honra poder ser entrevistado pelo baterista do grande Vulcano, banda ícone do metal brasileiro. Um grande abraço a você Arthur Von Barbarian, parabéns por suas conquistas, parabéns por manter seu blog em atividade transmitindo informação e conhecimento para as pessoas. E para você que leu essa entrevista e sonha em ser um músico, ou simplismente um artista, não pense 02 vezes, coloque a mão na massa, estude, se aprimore, não desista de seus ideiais, porque arte é vida, é sentimento, é inspiração, é a melhor terapia que o ser humano pode experimentar. Não dê ouvidos aqueles que questionam a musica ou a arte de um modo geral como uma profissão pouco rentável ou pouco dignificante. Muitas dessas pessoas são frustradas, influenciadas ou obcecadas pela visão de riqueza e poder e jamais terão a oportunidade de desfrutar das maravilhas que a arte nos proporciona!

Links oficiais:
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